Todos os anos, uma média de 275.000 pessoas na Europa são vítimas de paragem cardíaca fora do hospital, com uma taxa de sobrevivência de 10%. A acção imediata com pedido de ajuda e o início de Suporte Básico de Vida pode aumentar a possibilidade de sobrevivência para dois terços.
Sabendo que as crianças presenciam muitas vezes acidentes/emergências e, se devidamente ensinadas, são tão capazes de aplicar os procedimentos como os adultos.
Crianças com 10 anos podem aprender completamente todo o âmbito das Competências Básicas Em Emergência (CBEE) e muitas destas podem também ser aprendidas por crianças ainda mais novas, daí que a escola seja o local ideal para introduzir a aprendizagem de CBEE.
Neste sentido, o Conselho Português de Ressuscitação (CPR) criou um projecto que visa o ensino de Competências Básicas Em Emergência (CBEE) a crianças do 3º ciclo de forma sustentável e envolvendo a própria escola.
O objectivo final deste projecto é habilitar todos os cidadãos a realizar manobras de reanimação numa situação real e no contexto expectável para os mesmos, começando este processo em ambiente escolar.
Para o desenho do projecto tivemos uma grande preocupação em criar condições para que esta formação se repetisse todos os anos e de forma auto-sustentável, mantendo os padrões de qualidade que o ensino deste tipo de competências obriga e não ficar dependente de orçamentos anuais das escolas e ou de disponibilidades dos parceiros. Nesta perspectiva, pensámos que seria importante dotar a escola de um corpo pedagógico permanente e isto é conseguido através do envolvimento da própria comunidade escolar. Assim, a implementação do ensino das CBEE passa por três fases distintas:
1ª Fase – Curso de Instrutores de Competências Básicas Em Emergência
2ª Fase – Curso de Competências Básicas Em Emergência
3ª Fase – Autonomia do projecto