O Suporte Básico de Vida Pediátrico (SBVP) não é apenas uma versão do Suporte Básico de Vida de Adultos adaptada à escala das crianças. Apesar dos princípios gerais serem os mesmos, são necessárias técnicas específicas para que sejam prestados os melhores cuidados. As técnicas exactas a aplicar têm que ser adaptadas de acordo com o tamanho da criança. No que diz respeito ao SBV, um lactente é um bebé até 1 ano de idade e uma criança geralmente é considerada entre 1 ano de idade e a puberdade. É inapropriado e desnecessário estabelecer formalmente o início da puberdade; se o reanimador avalia a vítima como sendo uma criança, deve utilizar as recomendações pediátricas. Se considera tratar-se de um adolescente deve usar o algoritmo de SBV de adulto.
Nas crianças vítimas de paragem cardio-respiratória coexistem frequentemente várias causas de hipóxia (diminuição do nível de oxigénio no sangue e tecidos), pelo que a disponibilização de oxigénio, mais do que a desfibrilhação, é a atitude mais importante. Esta é a principal condicionante das diferenças relativamente ao algoritmo dos adultos.
Pela aplicação simples das técnicas de SBV um só reanimador pode manter as funções vitais respiratórias e circulatórias de uma criança em colapso, sem nenhum equipamento adicional.